A Universidade Estadual
do Maranhão (Uema) lançou o Robô Maria Firmina, uma inovação tecnológica
desenvolvida em parceria pelo Laboratório de Inovação ToadaLab, a Diretoria de
Tecnologia da Informação e Comunicação (DTIC) e a Uema. O modelo de IA tem como
objetivo primário a identificação automática de precedentes qualificados,
promovendo maior eficiência e celeridade nos processos jurídicos.
O lançamento aconteceu
durante reunião com o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão
(TJMA), desembargador Froz Sobrinho, o reitor Walter Canales, o vice-reitor
Paulo Catunda, o procurador Adolfo Testi Neto e o professor Antonio Fernando
Lavareda Jacob Junior, para discutir e reforçar parcerias entre as duas
instituições.
O Robô Maria Firmina é um
modelo avançado de Inteligência Artificial (IA) destinado a identificar
automaticamente precedentes jurídicos qualificados no TJMA. Este projeto faz
parte de um Termo de Cooperação Técnica entre o TJMA e a Uema.
O Professor Jacob Junior,
envolvido diretamente no desenvolvimento do robô, explicou que o Maria Firmina
foi treinado para identificar precedentes jurídicos a partir da leitura da
petição inicial dos processos.
“Hoje nós entregamos
oficialmente o robô Firmina, que é um modelo de inteligência artificial
utilizado no Tribunal de Justiça do Maranhão, o qual prevê precedentes a partir
da leitura da petição inicial do processo. Ele foi treinado inicialmente com os
precedentes maiores predominância no Tribunal de Justiça, e com isso já tem
alguns bons resultados, os quais foram realizados a partir de janeiro desse
ano,” detalhou o professor.
Ele também mencionou que
o projeto envolve três professores, três alunos de mestrado e quatro de
graduação, e já gerou seis entregas ao Tribunal, contribuindo
significativamente para o TJMA e outros tribunais do sistema do Conselho
Nacional de Justiça.
O coordenador do Poder Judiciário
estadual, juiz Rodrigo Terças, enfatizou que é uma entrega de uma Inteligência
Artificial que está em uso no Tribunal há mais de um ano, que cataloga, analisa
os processos e verifica qual o Incidente de Resolução de Demanda Repetitiva
(IRDR) deve ser aplicado naquele caso; faz uma leitura dos documentos, das
petições e a indicação para o magistrado de que, para o julgamento daquele
processo, deve levar em consideração uma decisão colegiada fruto de um IRDR.
A expectativa é que as
unidades jurisdicionais da primeira instância que trabalhem com processos
cíveis sejam as principais beneficiadas pela operação do Robô Maria Firmina. Os
benefícios incluem maior uniformidade jurisdicional, redução de erros na
identificação de precedentes e aumento da celeridade processual. Além disso,
espera-se uma diminuição significativa na quantidade de processos sobrestados,
atualmente estimada em cerca de 90 mil apenas no TJMA.
Homenagem
Seguindo o padrão de
todos os robôs que fazem parte do ToadaLab (laboratório de inovação do TJMA),
que sempre homenageia ou faz menção a uma pessoa, ou um fato de valor
relevante, a IA foi batizada em homenagem à Maria Firmina dos Reis, figura
icônica do século XIX.
Maria Firmina dos Reis
foi uma mulher negra pioneira, reconhecida como a primeira romancista negra do
Brasil. Sua influência na história do país e sua defesa dos direitos femininos
e antiescravistas a tornam uma figura inspiradora para essa iniciativa de
vanguarda.
*Com informações da Assessoria de Comunicação Institucional da Uema, e da Agência TJM de Notícias.
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