A Universidade de Passo
Fundo (UPF), interior do Rio Grande do Sul, teve dois projetos aprovados junto
à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) que, juntos, totalizam quase R$ 5
milhões em investimentos. Entre os projetos aprovados está uma iniciativa
pioneira: o projeto "Tecnologias de inteligência artificial no setor
leiteiro".
O objetivo é monitorar a
qualidade do leite e de todos os fatores que possam influenciar nessa
qualidade, considerando desde fatores ambientais, climáticos, temperatura,
umidade do ar, até fatores como a genética do animal e o perfil do animal.
Para isso, uma equipe
multidisciplinar, formada por pesquisadores de diferentes Programas de
Pós-Graduação da UPF, irá trabalhar no desenvolvimento de um Centro de
Inteligência Artificial, que possa reunir essas informações e transformá-las em
indicadores para que produtores e indústrias processadoras possam utilizá-las,
evitando perdas e garantindo a qualidade do leite.
Por meio de modelos
matemáticos e algoritmos, os pesquisadores fornecerão, por exemplo, informações
sobre o alimento que o animal está consumindo, como em que solo ele foi
cultivado e de que forma isso interfere na qualidade do leite, entre outras.
“A ideia é que os
indicadores ofereçam um universo de informações para que produtores, empresas e
indústrias possam tentar resolver problemas lá na fazenda, garantindo o máximo
de produtividade, de eficiência econômica na produção de sustentabilidade
ambiental. A proposta é ajudar a tornar nosso estado e nosso país cada vez mais
competitivos em termos de produção de leite, na qualidade do leite e no
desenvolvimento da cadeia como um todo”, pontuou um dos coordenadores do
projeto, o professor Dr. Carlos Bondan.
Além dos professores e
pesquisadores da Universidade, entre eles o Dr. Ricardo Zanella, o projeto
contou ainda com o apoio de diferentes entidades, sindicatos e associações
ligadas ao setor bovino e leiteiro, que serão diretamente impactados pela
iniciativa. Para o professor Bondan, a aprovação desse projeto vem para coroar
todo o esforço que a UPF tem investido no ensino, na pesquisa, na extensão e na
inovação.
“A universidade investiu
muito na capacitação dos seus professores. E eu, inclusive, sou exemplo disso:
tive o apoio da Instituição para realizar meu doutorado na Universidade Federal
do Rio Grande do Sul, onde eu trabalhei exatamente com o objetivo central do
projeto, que é usar o leite como indicador de qualidade e também de doenças e
de outros eventos que possam acontecer com os animais”, destacou.
Foto: Luis Henrique Melo/UPF.
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