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Dubladores fazem campanha por regulamentação da IA

Dubladores fazem campanha por regulamentação da IA


Com a aplicação da inteligência artificial para fazer dublagens em vídeos, dubladores brasileiros estão se unindo para que seja regulamentado o uso da IA no setor e nos de arte e cultura. Eles criaram o movimento Dublagem Viva, incluindo um manifesto pela regulamentação a defesa pela dublagem por pessoas. Nas redes sociais, dubladores famosos como Wendel Bezerra, Selma Lopes e tantos outros aparecem em vídeos divulgando a causa.

 

A preocupação da categoria é em relação a substituírem os dubladores por IAs em filmes, jogos, séries e outros produtos do ramo audiovisual. Algumas IAs, inclusive, já possuem a tecnologia de imitar vozes. Ou seja, não seria apenas a questão de substituir, mas também o fato de que ferramentas de inteligência artificial já podem serem treinadas com a voz de um dublador famoso, por exemplo, e ser utilizada para dublagens futuras.

 

“A IA não deve ser usada para reproduzir vozes de atores em outros idiomas para Língua Portuguesa Brasileira a finalidade de substituir os dubladores. É essencial preservar a expressão vocal, emoção e interpretação artística que os profissionais trazem para o processo de dublagem. A tecnologia deve ser vista como uma ferramenta complementar, não como um substituto”, diz um trecho do manifesto.

 

Por enquanto, a maior parte (acho que todas) das ferramentas são pagas e ainda não impactam o usuário comum, mas para uma empresa com poder financeiro é muito mais fácil pagar por esse serviço de treinamento de voz na IA para usar em produções futuras.

 

Proposta de regulamentação

 

O manifesto propõe que “a regulamentação deve ser elaborada de forma a equilibrar os avanços tecnológicos com a preservação de empregos e garantir a qualidade da dublagem, mantendo o respeito aos profissionais e à indústria audiovisual, que possui imensa cadeia produtiva. É fundamental que a regulamentação seja elaborada de forma abrangente e consulte todos os envolvidos no setor, incluindo profissionais da dublagem, estúdios de produção, detentores de direitos autorais, especialistas e sociedade civil”.

 

O que mais?

 

O manifesto cita ainda que a inteligência artificial “pode ajudar no combate à pirataria de conteúdo ao fornecer mecanismos mais eficazes para detectar e bloquear reproduções ilegais”.

 

Como exemplo, é citada a criação de mecanismos para reconhecer voz e analisar conteúdo, com o objetivo de identificar se estão tentando usar material dublado que esteja sendo utilizado sem autorização. A ideia é proteger os direitos autorais e garantir a remuneração dos artistas, de acordo com a legislação.

 

E na gringa?

 

O grupo mundial de guildas, sindicatos e associação de atores de voz United Voice Artists (UVA) também já elevou a causa. O ideal é basicamente o mesmo defendido pelos dubladores brasileiros.

 

Formada por membros da Áustria, Bélgica, Brasil, Canadá, Chile, França, Alemanha, Itália, Holanda, Polónia, América Latina, Espanha, Suíça, Taiwan, Turquia, Estados Unidos, além da África Ocidental, o grupo elaborou uma carta, mostrando a preocupação com o treinamento da IA para imitar vozes de dubladores sem consentimento, e propondo mudanças com a regulamentação que atenda os direitos do setor.

 

A UVA pede, entre outras coisas: preservação dos direitos de propriedade intelectual; proteção e dados pessoais; transparência para a IA generativa; responsabilidade com conteúdo gerado, etc.

 

A União Europeia já deu o primeiro passo no sentido de regulamentar o uso da IA de uma forma geral, mas será difícil refinar essa aplicação da nova legislação e acompanhar o avanço tecnológico. Aqui no Brasil parece que vai demorar mais ainda, porque já começou a tratar da IA em um projeto de lei relacionado a fake news apenas.

 

Aguardemos os próximos capítulos para ver como essa questão da dublagem vai se desenrolar. 

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